quarta-feira, 23 de maio de 2012

BATERIA DE CAMINHÃO AGUENTA CINCO ANOS

Escondidas e muitas vezes esquecidas nas carrocerias, as baterias dos veículos pesados exigem cuidados específicos. Substituí-las a cada cinco anos, por exemplo, é uma medida necessária para evitar problemas como corrosão nas conexões ou perda da carga. Da mesma forma, revisar o componente a cada seis meses garante que eventuais falhas possam ser corrigidas em tempo hábil, antes que o caminhão deixe o motorista na mão.  

Para Miguel Horsch, engenheiro mecânico e professor de Mecânica na Unidade Educacional de Engenharia da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos, embora os veículos pesados estejam em constante evolução, as baterias ainda precisam de grande atenção. “Elas fazem parte do coração de todo o sistema operacional e, por isso, é imprescindível realizar a reparação ou substituição caso apresentem falhas”, declarou.


De acordo com Antonio de Lucca, engenheiro chefe de desenvolvimento de caminhões da Ford, a vida útil das baterias não obedece a um cronograma exato, mas o componente tem duração média de dois anos e meio a cinco anos. “O primeiro problema que ocorre é quando a bateria começa a ter dificuldades para manter o caminhão ligado. Outra possibilidade é que apresente corrosão ou vazamento, falhas que tendem a comprometer a vida do componente”, disse.

O engenheiro da Ford também lembrou a importância de realizar manutenções periódicas. “É preciso estar sempre de olho. As baterias são muito vulneráveis e é aconselhável que passem por uma checagem a cada seis meses, para que o caminhão possa manter o seu bom funcionamento”, afirmou. 

Ainda assim, o ideal é optar pela troca apenas quando o componente apresentar, de fato, problemas irreversíveis, já que os preços médios podem ser salgados. “Trocar antes de qualquer falha não é aconselhável. O componente é feito para durar um tempo considerável, mas, dependendo dos opcionais elétricos, o volume de energia gasto é bem maior e, com isso, a vulnerabilidade triplica”, declarou Marcos Munhoz, engenheiro mecânico da MAN Latin America.

Munhoz disse ainda que os maiores vilões das baterias são justamente os opcionais elétricos, que, hoje, exigem do componente muito mais do que dez anos atrás. Com isso, a vida útil diminui e a troca torna-se muito mais frequente. “Isso ocorre porque os motoristas contam agora com minigeladeiras, equipamentos potentes de som, ar-condicionado, ou seja, opcionais que acabam interferindo diretamente no rendimento da bateria”, finalizou.

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